sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

O Segredo maligno dos Jogos Casuais


           Já faz algum tempo, que está acontecendo uma inclusão digital nos jogos, a inserção de jogos em redes sociais, trouxe a tona a expressão "Game Social", uma variação querendo ou não, rebelde dos jogos casuais existentes antigamente. 
É aquele jogo onde você não precisa se dedicar intensamente para obter resultados, no máximo retornar a cada 4 horas. Mas, por mais simples que possa parecer, existe sim um lado negro nessa história.



          A protagonista dessa história é a Zynga, criadora do Farmville, Cityville, entre outros Villes por aí. A grande sacada da vez, foi inventar um jogo, onde NÃO HÁ COMO PERDER, no Farmville por exemplo, tudo que você faz é plantar e esperar crescer. Logo, o senso de realização que o jogo trás é o que leva ao vício sem explicação. Você está ali jogando e só quer mais. Qualquer pessoa em sã conciência sabe que até Tetris trás mais desafio que esse tipo de jogo.

          Todos esses jogos seguem a mesma linha, embora seja impossível morrer e falhar, os prêmios realmente importantes são impossíveis de conseguir jogando normalmente. O “dinheiro” no Farmville é raro, torna-se inviável adquirir os bens mais caros, um jogador normal levaria meses para acumular o capital necessário.

           Nesse momento, com o jogador já viciado e percebendo que seus amigos têm os mesmos prédios e personagens que ele, é a hora de se diferenciar. Ele enfia a mão no bolso e compra com dinheiro de verdade o dinheiro de mentirinha. Paga caro por objetos que também não influenciam em nada no jogo, só dão um senso patético de status. Na semana seguinte o jogador descobre que outros objetos foram incluídos. Ele gasta mais dinheiro, e assim as coisas andam...Nessa brincadeira de dinheirinho, a Zynga fatura mais de, acredite se quiser, R$500 milhões de reais por ano.
Estaria você sendo manipulado?
       
          O CEO  da Zynga disse com todas as letras: “Usei todos os truques sujos do livro para conseguir Receita”, vide  AQUI. E não foi só isso. Ele também declarou:

    “*****, eu não quero inovação. Você não é mais esperto que seu competidor. Apenas copie o que eles fizeram até atingir os números”.

          Com mais de 80 milhões de usuários, fica complicado question
ar a eficácia da estratégia da Zynga e seus “jogos”, mas podemos questionar a ética. Ao criar um jogo que não é possível perder, não é possível ganhar por não ter fim e que você só consegue chegar nos níveis avançados pagando dinheiro de verdade,a Zinga (na verdade todos que usam o modelo) não é diferente do vendedor de automóveis, da vendedora de shopping que convence a cliente que a roupa ficou perfeita, mesmo tendo ficado horrível.
E vendo essa empresa explodir em lucros, foram criados os variantes brasileiros para orkut desses jogos, vide Colheita feliz e MiniFazenda, que seguem o mesmo ritmo.
          Esse é o triste estado dos jogos casuais, que de simples joguinhos em flash, viraram manipuladores de mentes.

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